MASTER CYCLING CLASSIC 2012 - CONFIRA OS RESULTADOS DOS BRASILEIROS

Gustavo Cabral conquista o terceiro lugar na Áustria
De 29 de agosto a 01 de setembro, foi disputado o Master Cycling Classic, diversos brasileiros passaram por lá. Além dos gringos muito bem preparados, mais uma vez os ciclistas do cerrado tiveram que enfrentar outro obstáculo, o frio! A temperatura foi menos pior que no ano passado, quando chegou a 4 graus debaixo de chuva torrencial durante toda prova. Dessa vez a temperatura variou entre 9 e 12 graus com vento durante os 112 quilômetros para as categorias até 49 anos e 76kms daí para frente.

O Percurso

O circuito tem 37kms dispostos da seguinte forma e são feitas 3 voltas: uma subida de aproximadamente 3 kms com cinco tops mais acentuados de até 11% de inclinação. O problema é que isso começa aos dois kms de prova, as pernas simplesmente fervem! Em seguida um ótimo trecho de descida, neste ponto rolam vários ataques porque logo a frente vem um falso plano e curvas em meio a uma mata que fecha a estreita estrada, aqui a temperatura vai lá em baixo, ou seja, se você sobrar na subida dificilmente alcançará o pelote montanha abaixo, dessa forma, você vai ficar sozinho e com frio para deixar de ser trouxa.

A segunda parte da estrada começa a pegar na altura do km 14 onde surge outra subida que foi carinhosamente apelidada de subida da igrejinha, ela é um pouco mais curta, entretanto dá uma pancada nas pernas, tem dois tops maldosos no final e se você vacilar vai ficar estirado por lá mesmo e de joelhos para pagar os pecados. Na narrativa do Pauletti: "aqui o sujeito chora e a mãe não escuta!". Como de costume, tudo que sobe tem que descer uma hora, então vem uma descida forte de mais de 70km/h, com duas curvas, mas não exige muito da técnica, digo até que ela é fácil para quem tem alguma experiência. 

Já subimos e descemos, agora vem mais uma pequena subida que antecede o trecho em que é disputado o contra relógio, aqui o pau quebra com força, ao menos no meu pelote sempre rola ataques, mais uma vez é preciso ficar bem ligado para não sobrar nos falsos planos. Por fim, cruzamos a pequena cidade de Epfendorf ao melhor estilo Tour de France, em seguida vem Kirchdorf e surge o pé da subida que abre nova volta. Respira, bebe água, sobe marcha e sofre! Parece fácil, mas posso afirmar que não é!

A Competição:

Gustavo Cabral e seu algoz
O resultado mais expressivo nesta prova ficou por conta do Ciclo Racer Gustavo Cabral que faturou a terceira colocação na categoria Class 1 (30-34), prova de 112 quilômetros em que rolou uma chegada emocionante, "Chaveirinho" disputou metro a metro a primeira colocação, mas foi surpreendido por um ciclista suíço e também por um bielorrusso, este, campeão da prova. Outro brasileiro, o carioca Phillip Kassab conquistou a sexta colocação na categoria, o que melhorou ainda mais a representação do país.

Phillip Kassab e a representação de sua conquista 
Durante a cerimônia de premiação um acontecimento diferente, ao contrário das edições anteriores não havia uma bandeira do Brasil para ser hasteada, o cerimonial se desculpou e entregou a Gustavo uma bandeira nacional em tamanho menor durante o hasteamento.

Wander Vieira consegue seu melhor resultado nessa prova
Na categoria Class 2 (35-39) foi a vez de Wander Vieira "cair na estrada": "não me senti nada bem nas duas primeiras voltas, fazia força mas a bike não rendia nada, as pernas estavam muito pesadas, mas na terceira volta consegui me recuperar bem, mas uma fuga já estava consolidada, por fim consegui bater a chegada do pelotão." Ao final Wander terminou na 11ª colocação.

Pauletti e Alexandre competiram na mesma categoria
Class 3 ou 40-44 (112kms), pelote mais experiente, ali largaram os brasileiros Paulo Borges (Pauletti) e Alexandre Zerlotini. Depois de várias tentativas, os dois conseguiram escapar para faturar a 18ª e 19ª colocações respectivamente. Vale lembrar que os 20 melhores sobem ao pódio nesta prova e levam um belo troféu para casa.

Beto França, o mais experiente do grupo nesta prova conseguiu um ótimo resultado
Class 4 ou 45-49, aqui Roberto França foi o representante nacional nos 112 kms e conseguiu seu melhor resultado nesta prova em cinco anos, o 12º lugar. Beto chegou num grupo com mais 5 ciclistas e fez muita força para garantir o resultado. " Saltei em várias fugas, mas elas não vingaram, daí o jeito foi tentar fazer o melhor no grupo que estava."

Bira Macedo já sem lugar para colocar os troféus
Class 5 ou 50-52, nesta categoria a distância é um pouco menor, 76 kms que equivalem a duas voltas no circuito. O representante do Brasil foi Ubirajara Macedo que também melhorou sua marca ao chegar na 13ª colocação, o que lhe garantiu mais um troféu na bagagem que voltou lotada.

Bandoch de verde, conseguiu seu primeiro troféu na raça!
Class 6 ou 53-55, uma das categorias mais duras devido ao grande número de participantes, mas isso não intimidou Geraldo Bandoch que partiu para uma chegada em massa que disputava a segunda colocação. Bandoch ficou em quarto no sprint e quinto na prova. Com certeza ele teve algum trabalho para embarcar com o big troféu que conquistou.

Toninho fazendo força no CRi
Class 7 ou 56-58, Antonio Vilela é o nome! Toninho é "pau pra toda obra" e conquistou a 23 colocação, ficou a apenas 3 de levar um troféu na bagagem. Já substituiu o professor de spinning Toninho?

Labatut ficou feliz demais com seu resultado
Class 8 ou 59-61, Darmes Labatut torceu o cabo, bateu seu pelotão e conquistou a 20ª colocação e comemorou como campeão. Como Beto me disse uma vez: "foi na rapa do tacho", mas melhor assim do que nada! Levar um troféu para casa, ainda mais numa prova debaixo de muita chuva como foi a de Darmes, é mesmo de se comemorar.

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