25 ANOS DE ABANDONO - FOTOS DO VELÓDROMO DA USP


No país onde moro a população é fanática por futebol. São 190 milhões de brasileiros. Mas isso tem uma razão, a poucos anos nós éramos apenas um bando de índios dando banana a macacos, dançando com tangas quase que inexistentes. Então surge a magia do futebol e o mundo passa a ver o Brasil com outros olhos: os índios sabem jogar futebol! E esse tal de Pelé, hum deve morar na Amazônia.

Surge o Maracanã, um Gigante no Rio de Janeiro, capital do melhor e do pior do Brasil na letra de Fernanda Abreu em Rio 40º e paraíso de Tom e Vinicius, "olha que coisa mais linda, mais..." Ali mais de 120 mil brasileiros assistiram calados o Grande Brasil perder uma Copa. Deve ter sido terrível. Tão terrível como ser alcançado numa longa fuga a poucos metros da chegada.

Alguns anos se passaram, o Brasil venceu algumas Copas, os jogadores foram vendidos por milhares de dólares, depois euros e hoje o céu é o limite! Entre vitórias e derrotas no futebol, esporte que inicialmente servia para lavar dinheiro, o Brasil tem se resumido a episódios bem seletos de sucesso se levarmos em consideração nossas dimensões exageradas e grande população. Temos alguns destaques na ginástica (mas até a pouco sem patrocínio algum), na natação o nosso herói atual teve que ir para os EUA com o dinheiro da venda do carro do pai porque aqui não dava nada mesmo, o vôlei... mas os olhos só brilham frente à Jabulane.

Nos jogos olímpicos todos nos reunimos para ver o futebol, essa medalha é garantida! Risos, será mesmo? Mas existem dezenas de verdadeiros campeões, guerreiros anônimos que literalmente dedicam suas vidas ao esporte para conseguir fazer a bandeira subir no judô, na ginástica, na natação, enfim, em qualquer esporte que não seja o futebol, este que dá uma mísera medalha que insistimos em não ganhar, mas gastamos milhões de reais para enviar pelo menos 50 pessoas que buscam essa única medalha que quase sempre não vem.

Enquanto isso, os nossos velódromos estão assim como esse aí das fotos na USP, ou mesmo o da Capital do Brasil, com um belo buraco no meio, um buraco que é pequeno ao lado da pouca vergonha que é a gerência de esportes no Brasil. Pensa que é exagero? Então pesquise quantos duzentos reais ganha um bolsista aqui da capital...

O que incomoda é a burrice, porque se fosse investido o mesmo volume de dinheiro no ciclismo, teríamos 20 chances a mais de ganhar medalhas nos Jogos.

Desejo do fundo do coração que nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, os anônimos vençam tudo o que for possível e que o ciclismo ganhe ao menos uma medalha para garantir que o belo velódromo não se torne um problema maior que esse aí da foto ou uma academia de samba, boca de fumo, laboratório de drogas, pista de racha, sei lá...

Ah, o futebol? Que ele consiga dar alguma alegria mesmo que com gols de mão,  afinal o importante é se dar bem! Não é mesmo?

Saiba mais sobre o velódromo da USP em:


Sugestão de Matéria: Henrique Andrade

Comentários

  1. uhasuahshasua
    tudo funciona assim, o problema e que vcs naum colocaram uma bola no meio do quadro huasuuahsu...
    ruim para nós ciclistas.
    Isso nunca vai mudar sinto muito
    Marcio ciclista

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  2. Retratou muito bem a vergonha que é esta nação.

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