Este é um depoimento emocionante do senhor Dick Hoyt. Uma história real de superação que vem acontecendo há mais de 30 anos. Li recentemente, achei muito válido para qualquer tipo de pessoa e segue abaixo para que você tire suas próprias conclusões.
Não deixe de conferir!
Dois Heróis
Dick Hoyt
Há 30 anos meu filho Rick , que sofre de paralisia cerebral, pediu que o inscrevesse numa corrida beneficente na nossa cidade, Holland, nos EUA. Corri oito quilômetros empurrando-o na cadeira de rodas. Claro que ficamos para trás, mas não fomos os últimos. No fim, Rick me agradeceu e disse: "Pai, quando corro, minha deficiência desaparece". Aquilo mexeu comigo. Desde então, empresto meus braços e pernas a Rick para que ele experimente a sensação outras vezes.
Dick e Rick em ação
Já participamos de 1069 competições, entre elas, 69 maratonas e 247 triatlos, sendo seis Ironman (3,8kms de natação, 180 de ciclismo e 42 de corrida). Em 1992, atravessamos os EUA em 45 dias percorrendo 6011 quilômetros.
Ainda competimos todo fim de semana, mas a idade não permite exageros: tenho 71 anos e ele faz 50 este mês.
Correr transformou nossas vidas. Ele começou a se apresentar como "Free Bird" (pássaro livre, em inglês), eu deixei o sedentarismo. Era difícil achar tempo livre para praticar esportes: casei aos 20 anos, tive mais dois filhos e conciliava três trabalhos para sustentar a casa e pagar as despesas médicas de Rick. Depois da primeira corrida, passei duas semanas de cama por causa das dores. A maior dificuldade não são os 58 quilos do meu filho, mas a dificuldade de conduzir a cadeira em linha reta.
"Para nadar, visto um colete com uma corda que me prende ao bote salva-vidas onde está o Rick"
Tive de criar uma cadeira com duas rodas atrás e uma na frente. Quando nos interessamos pelo Triatlo, desenvolvi outra para fixá-lo à frente da minha bicicleta. Para nadar, visto um colete com uma corda que me prende ao bote salva-vidas onde está o Rick. O mais desgastante do Triatlo são as trocas de modalidade, porque nesses trechos preciso correr com ele nos braços.
Sofremos só um acidente até hoje: no Ironman de 2002, caímos da bike e tivemos de abandonar a competição. Rick cortou o rosto, sangrou bastante, mas felizmente não se quebrou. Foi um ano azarado. Cinco meses antes, eu enfartei sem perceber durante uma prova. Só sobrevivi e pude continuar competindo porque minha condição física é excelente. Tenho de estar 100% atento, pois Rick não controla os movimentos - se eu caio, ele vai junto. Gostaria que meu filho se aposentasse comigo, pois não acredito que outros terão o mesmo cuidado. Ele costuma dizer que, se deixasse de ser deficiente, a primeira coisa que faria seria me empurrar. É esse sentimento que me faz seguir em frente.
Texto: Dick em depoimento a Ana Luiza Leal.
Fonte: Foi digitado a totalidade da matéria extraída da Revista ALFA, edição de Janeiro de 2012, pags. 42/43.
Obs: se você ainda não leu essa revista, leia! Todos os meses textos super interessantes. É como a propaganda dela dizia, "muito mais do que revista".
Dick Hoyt continue a inspirar as pessoas, você é especial. Que Deus ilumine o seu caminho e do seu filho Rick
ResponderExcluirMeu Deus que lição,muito obrigado por me proporcionar o prazer de ler uma matéria tão linda.
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